
Em 2024, o reajuste médio dos planos de saúde individuais registrou aumento de 11,15%, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice representa uma variação significativa entre as diferentes operadoras do mercado, com aumentos que variam de 8% a 15% dependendo da empresa e do tipo de plano contratado.
O reajuste anual dos planos individuais é determinado pela ANS com base em critérios técnicos que consideram a variação dos custos assistenciais, a inflação médica e outros fatores econômicos relevantes. Este ano, o índice ficou acima da inflação oficial medida pelo IPCA, refletindo a pressão de custos que o setor vem enfrentando.
Principais Operadoras e Seus Reajustes
Entre as principais operadoras do país, os reajustes variaram significativamente. A Unimed, maior operadora do Brasil, aplicou reajuste médio de 12,5% em seus planos individuais. A Amil, segunda maior do mercado, registrou aumento de 11,8%, enquanto a Bradesco Saúde aplicou reajuste de 10,9%.
Outras operadoras de grande porte também registraram aumentos acima da média nacional. A SulAmérica aplicou reajuste de 13,2%, a NotreDame Intermédica de 12,1%, e a Hapvida registrou aumento de 11,5%. As variações refletem diferentes estratégias de precificação e perfis de sinistralidade de cada operadora.
Fatores que Influenciaram o Reajuste
Vários fatores contribuíram para o reajuste de 11,15% registrado em 2024. A inflação médica, que mede o aumento dos custos com serviços e produtos de saúde, foi um dos principais componentes. Além disso, o aumento da utilização de serviços médicos após a pandemia, especialmente em especialidades como cardiologia e oncologia, também impactou os custos das operadoras.
O custo com medicamentos de alto valor também exerceu pressão significativa sobre os custos assistenciais. Tratamentos inovadores para doenças raras e câncer, além de procedimentos de alta complexidade, representam uma fatia crescente dos gastos das operadoras.
Impacto para os Beneficiários
Para os beneficiários de planos individuais, o reajuste de 11,15% representa um aumento significativo nas mensalidades. Uma pessoa que pagava R$ 500 por mês em 2023, por exemplo, passará a pagar aproximadamente R$ 555,75 em 2024. O impacto é ainda maior para famílias com múltiplos beneficiários.
Especialistas recomendam que os beneficiários avaliem cuidadosamente suas necessidades e comparem diferentes operadoras antes de renovar seus contratos. A portabilidade de carências, regulamentada pela ANS, permite que os consumidores troquem de operadora sem perder o tempo já cumprido de carência, o que pode ser uma alternativa para encontrar planos mais acessíveis.
Perspectivas para 2025
Para o próximo ano, a expectativa é que os reajustes continuem pressionados pelos mesmos fatores que impactaram 2024. A ANS já sinalizou que continuará monitorando de perto os custos assistenciais e que pode revisar os critérios de reajuste caso seja necessário para garantir a sustentabilidade do setor.
Operadoras têm investido em programas de prevenção e gestão de saúde para tentar reduzir custos assistenciais a médio e longo prazo. A expectativa é que essas iniciativas, combinadas com maior eficiência operacional, possam ajudar a moderar os reajustes futuros, beneficiando tanto as operadoras quanto os consumidores.
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